quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A ELEGÂNCIA NO COMPORTAMENTO

A ELEGÂNCIA NO COMPORTAMENTO

Martha Medeiros

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara : a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.  Nas pessoas que escutam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. 
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante.

É elegante não ficar espaçoso demais.

É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

É elegante o silêncio, diante de uma rejeição....

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.

É elegante a gentileza; atitudes gentis falam mais que mil imagens...

Abrir a porta para alguém? É muito elegante.

Dar o lugar para alguém sentar? É muito elegante.

Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...

Oferecer ajuda? Muito elegante.

Olhar nos olhos ao conversar? Essencialmente elegante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver em si mesma a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la. 
Educação enferruja por falta de uso.

E, detalhe: não é frescura.


Do livro "Non Stop" - Crônicas do Cotidiano

sábado, 30 de outubro de 2010

Bolsa de mulher

Objeto inseparável da mulher, virou quase expressão denotativa do que contém tudo, do que está cheio até a borda ou, até mesmo, pejorativamente, desordem.

Manifestam-se de todos os tamanhos, formas e cores, dependendo do lugar e as horas que serão passadas fora do lar, assim como da roupa que a acompanhará.

Eles não nos entendem!

E o kit básico de sobrevivência externa? O batom, o pente, o celular, o perfuminho, documentos, as chaves, lista do mercado, prendedor de cabelo, espelho, caneta, caderninho de anotações, guarda-chuva, lixa de unha e outras coisinhas mais de acordo com a ocasião. Afinal, é melhor se prevenir!

E se surgir uma festinha no fim do dia e a casa estiver longe, necessário se faz acrescentar uns acessórios para diferenciar o traje diurno do noturno.

Temos que estar sempre prontas para a guerra.

Para eles basta o bolso e o celular. Nada contra a síntese masculina de apetrechos. Saibam que no jeito mulher de ser está toda a graça, a criatividade, a não repetição, a não padronização, o prazer de se enfeitar, de colorir a vida. Mesmo que não notem a diferença.

O que você vai ser quando crescer?




Quem sou eu

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Karine,27,esposa do Rodrigo,mãe da Sophie; graduada em Logística, proprietária de uma loja de artigos femininos; curiosa por natureza, apaixonada pela vida,e a idéia quase louca de encontrar terras além do horizonte.